quarta-feira, 30 de setembro de 2020

 

Cloroquina.
 
Tomem, sim tomem
Cloroquina, eritromicina, estricnina,
Afinal, fomos orientados, a tomar,
Sem ler a bula. Para que?
Se a ignorância pulula?
E circula entre as “Fake” News de primeira,
Nas mídias de maior esteira, ribeira,
A medicina certamente uma ciência em extinção,
A ciência pura, então... nem se fala não.
Estão todas condenadas a mil anos de prisão.
Enquanto isto estamos chegando lá,
Perto do epicentro, seremos os primeiros?
Todos os esforços estão sendo feitos?
Sim.
A única palavra que tenho a dizer é esta.
Sim, estamos indo para o meio do quinto dos infernos,
Em meio à risadas de um psicopata!                               By EC

domingo, 27 de setembro de 2020

 

O poema definitivo.
 
O poema definitivo
Era profano e divino,
Era menino e menina,
Sentados juntos na esquina.
O poema raro, seduz,
Era caro, carregava emoção
De uma solidão indescritível
De ter perdido a luz.
Ao mesmo tempo
Que chorava olhando o mar,
Lágrimas doloridas de amar
Sorria porque podia cantar.
E, assim, cantando, foi-se
Embora chorando,
Navegando em uma
Estrela do mar.                                     By EC


Poema em homenagem à Leticia.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Amores.


Os amores
Que se foram
Alguns, nem tantos,
Sinto saudades,
Cada qual com seu encanto.
Saudade dos encontros,
Dos beijos, dos cantos,
Saudades dos sorrisos,
Doces regaços, ternos abraços,
Embaraços.
Sinto saudade de mim
Que nalgum lugar ficou,
Nesta caminhada que findou.                                 By EC

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

 

Desilusão.
“A dança da solidão”,
Me inspira a (des) crever
Poema já há muito escrito,
Várias vezes repetido.
Objeto da procura do sentido.
Teria sido dito, não se tem certeza,
Destreza, de quem possui a esperteza,
De distinguir entre o certo e a certeza.
Contam, ainda sem fonte confiável,
Segredos passados em vozes baixas,
Nas alcovas, em armadilhas bem armadas,
Entretanto desleixáveis, insofismáveis.
Contam, finalmente, em auditorias confiáveis
Que ao consultarem sábios bem remunerados,
Prudentemente ficaram calados.                           By EC


Dança da solidão - Paulinho da Viola.

sábado, 19 de setembro de 2020

 

Incompleto.

Sinto-me plenamente incompleto.
Decerto algum efeito desta droga,
Que a mim mesmo interroga.
Sinto-me completamente vazio,
Com frio em pleno estio
Por certo, algum efeito desta droga,
Que a mim mesmo sub-roga.
Até que voar é bom,
Não sei ao certo pois ainda não fui
Está quase na minha vez,
Tem uma enorme fila e um jovem cortes,
Explicou-me os elementos básicos,
Necessários para tal.
Ensimesmado, pensei:
Será efeito desta droga?
Que só se prorroga.                                   By EC

domingo, 13 de setembro de 2020

 

No caminho da Imensidão.
 
Talvez, apenas, não sei
Eu volte aqui...
No caminho da imensidão me perdi,
Ou simplesmente esqueci.
Não sei direito,
Parece perfeito,
Até o ponto em que interioriza,
o exterior.
Enquanto uns fazem apologia,
Outros ideologia, fria...
canções de melancolia,
no encerramento do dia.
Eu, não estou mais aqui.
Parti.                                                     By EC

sábado, 12 de setembro de 2020

 A mulher de couro preto. (trechos)

 

A mulher de couro preto

na praça verde

no banco preto.

Estava deitada no banco preto.

Chegou uma mulher loira,

Também de couro preto,

Olhou a mulher, pegou sua bolsa,

Levantou a mulher,

Fez-se uma pequena multidão,

Todos olhavam,

colocou a bolsa,

sob a cabeça da mulher,

como um travesseiro.

Trocaram palavras que,

Não pude ouvir.

A mulher loira foi embora,

Com sua sacola.

Parecia dormir,

Em frente à Igreja,

Na praça verde,

no centro da cidade.                              By EC

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

 

Menos e mais  (trecho)
 
Menos carros
Menos barulho,
Menos motocicletas,
Menos edifícios, ´
É difícil!
Imobiliária especulação
Poder, poder, solidão.
 
Mais vinho,
Mais carinho,
Vastos sorrisos nos rostos
Mais casas,
Mais crianças
Mais simples,
A emoção.
 
Mais caminhos floridos,
Menos pés doloridos
Menos olhos turvos, feridos
Mais indignação
Mais dignidade
Compreensão.                                         By EC


Trecho de um poema muito grande... 
Mas, queria postar aqui para os amigos....
Vai aos pedacinhos para não cansar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

 

Morto.
Apraz-me imaginar-me,
Morto.
Absorto em paz.
Qual, alma que se faz.
E, no instante seguinte, jaz.                   By EC


Este poeminha fiz em resposta ao grande poeta Alvaro de Faria.
Julguei-me petulante, mas elegante.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020


De onde vem?

De onde vem esta multidão
Que marcha em direção
A um precipício?
À procura de um novo início.
Como muitas antes dessas.
Marcham na minha imaginação.
Saudosa, ferida, amada, em vão.
Em um círculo viciosos?
Outro dentro de um houvesse, que não houvesse, outro que quisesse
Entristece, julguei-as mortas.
Mas não, estavam comportas,
Afinal não faz mal, ser
Estado natural de não ser.
O precipício são meus olhos,
A multidão são lagrimas
Que não chorei, as que deixei
Abandonadas nas calçadas
Em desalinho, em garrafas vazias,
De vinho.                                                    By EC

terça-feira, 8 de setembro de 2020

 

Ela está na cidade de novo.
 
Ela está na cidade, novamente
Sorrindo de longe observo
Sua filha e ela andando
Um andar calmo, suave, sem rumo
Deliberadamente.
 
Penso em me mover, não consigo,
Uma sensação desagradável....
Depois de tanto tempo, talvez uma conversa amável?
Ela é forte e tentou a vida, com dúvidas e sem medo,
Certamente.
Fico sorrindo imaginando,
Um carro de milho...
 
A avó e a cidade, crescendo, um lugar que não conheço.
Em um piscar de olhos,
Desaparecem as duas sob o luar
De alguma forma sinto-me vazio, mas pleno,
Eu gostaria de ir até lá....                                        By EC

Este poema é uma continuação do Poema Heloísa, que na verdade é um tema com diversos poemas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

 

Lesbos
 
Uma ilha na Grécia, onde vivia Safo, poetisa...
Com seus poemas declamados ao som da lira;
Desconsiderando da história manipulada, a ira;
 
Safo amava mulheres, como amigas e amantes,
Em ambiente de magia, talvez, à semelhança de Bacante
Sacerdotisa relevante, na mitologia.
 
Mulher, sacerdotisa de Baco, depravada
Talvez só quisesse ser amada em bacanais de vinhos, exageros e alegria
Exalando e fluindo exuberantes fantasias.
 
Mas, o tempo passa, e, surge o homem....
Esta criatura maldosa e irrelevante, que aos seus interesses
Altera os verdadeiros significados, destes atos e feitos passados;
 
Ironicamente cria, cruelmente penalidades,
Aplicadas às mulheres por horrendos carrascos
Assistidas por multidões enfurecidos a esconder seus fiascos;
 
São homens, com veneno, como nós, tão inseguros...
Que não aceitam ancestrais práticas medicinais e religiosas
De seres antigos certamente mais puros.
 
Assim, pesa a maldição, como terrível lição,
Da insegurança humana, que da mulher quer escrava
De horror e brutalidade, ao seu prazer;
Não importando o conteúdo divino do ser.           By EC
 
Dedicado à uma amiga.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020


Poeta Incógnito e enigmático.

Era dia e a poesia...
Não me lembro qual,
Nada tinha de igual.
Entretanto,
À minha semelhança,
Era plena de esperança....

Uma amiga me comoveu com palavras
É que me emociono demais;
No mais profundo do meu ser,
Entendo que isto não mudará jamais...
Entretanto, um adjetivo!

Naquele momento temporal guardou
Em um pedaço de mim,
Neste senhor de enganosa razão,
Que guarda do entendimento, a verdade;
Emoção....

No meu sentimento de enigmático poeta incógnito, então...
Como em Kafka, em um insólito inquérito
Atônito! Até então sem entender o mérito;
E conflito, aflito, à procura da razão...                    By EC

Este poema foi dedicado a uma amiga do 
twitter Miroca. Gosto muito dela.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020


O amor inexistente.

Um grito ficou no ar
Parado, gelado
O peito apertado, angustiado
Vendo-a levantar e partir somente

Ela não disse nada.
Comecei a sorrir, mas...
Não era um sorriso sincero
Um sorriso maldoso, horroroso,
De um amor inexistente.

Era assim, talvez
Que desejasse minha alma tresloucada
Como escrever em um verso apenas
Uma vida revirada e revelada.

Afinal, o que há de tão ameaçador
No amor?                                                By EC

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Este é um poema recente.
Eu gostei.
Espero que gostem também.


Sofre-se

Sofre-se sem motivo aparente
Impiedosa angústia, por intuição
Sofre-se por solidão, na multidão
Sofre-se pela imensidão do mundo,
Do chão, do céu então, incoerente
Dor pelo amor, inimaginável dor,
A dor de outro então, sofre-se
Em vão, na imaginação, e
Na desilusão de não ir
Olhar o mar, suas marés e invenções,
Seu sussurrar constante de ir e vir,
Por tudo que não se fez,
Pelo que se fez e não desfez, talvez...
Ausência e presença, premente e urgente,
Uma estranha dor comovente, a gente sente.
Na mente, estranhas dores inexistentes presentes.       By EC

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