quarta-feira, 30 de junho de 2021

 

Ignorância....

 

Preso entre a indigna e a ação,
moderada pela ingratidão,
quase nunca ignorante, sutilmente elegante,
presente e insistentemente intolerante.
Fiquei entre o pré e o conceito,
nem sei se entendi direito,
e por isto deixo aqui como promessa
a satisfação para a próxima remessa.
Uma coisa em uma ou duas linhas,
num sentido que faça a coisa,
e que, terminada; a coisa feita,
não nos faça nenhuma desfeita.
Que não seja tingida pela ignorância,
tampouco pelo estreito preconceito,
que se faça por perfeito o que é nosso direito.    By EC.

 Este poema é dedicado à Resenha da Dora, cujo tema é Ignorância e Preconceito.

#abelezadapoesia

quinta-feira, 24 de junho de 2021

 

Política precisa de poesia?

 

O país é, no mínimo, interessante,
não bastando, por si, ser desgastante.
Já tivemos figuras nobres no comando,
e crescemos muito sem desmandos,
mas, infelizmente, nossa economia pujante e forte,
não agradou nossos irmãos do norte.
Já tivemos Presidente que foi prudente,
além disso de Morais, por certo prezava,
antes de mais nada, a moral, que não o onerava.
Já tivemos presidente animal,
um bicho do mar, não sei bem qual,
que alguns acham ter feito uma gestão legal,
porém se perdeu em meio à corrupção, letal.
Este outro, dizem demente.
Não! É delinquente, um marginal,
anda às voltas com milícias e policias,
tem um séquito de seguidores sem noção,
acreditam piamente  e não questionam o ladrão.
Os mar e terra, ajuda e enterra, quem diria,
milhares de mortos, sem economia,
o único resultado positivo da pandemia.
Economia sem mortos, não queremos, há devastação,
não nos importamos, já que vergonha não temos,
mas temos esperança e no coração,
após o furacão um alento de reconstrução.    By EC.

domingo, 20 de junho de 2021

 

Indícios.

 

Se emprego palavras sujas, nuas,
desprovidas de belezas aparentes
palavras sem cor, como se cruas,
sem nenhum pudor quase indecentes.
Vistas assim aos seus olhos imprudentes,
onde julgas, por achar coerente,
estar certa a sua forma de olhar.
No entanto lhe direi cuidado,
com o passo errado, equivocado,
que darás em função de seus indícios,
elaborados em estranhos ofícios,
à beira do inevitável precipício.    By EC.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

 

Eu não sei nada.

 

Quantas madrugadas,
sofridas, caladas,
sem nenhuma razão,
a não ser sua intenção,
de não sofrer mais por paixão.
Escute-me, eu não sei nada
mas sei que a madrugada,
sozinha e entranhada,
em seu coração a sofrer,
não lhe deixa abrir os olhos e perceber.
Sonoro e belo; o alvorecer.                     By EC.

quarta-feira, 9 de junho de 2021

 

Poema de ontem.

 

É que ontem não deu tempo,
estranhamente o tempo passou,
parecia-me apressado e com pressa, voou...
Eu fiquei aqui parado,
olhando o papel manchado,
em que não havia nada escrito,
onde deveria haver um poema bonito.
Que lembrasse a brisa do mar
o doce navegar e o seu constante sussurrar.
Então hoje escrevo como se fosse ontem,
sentimentos e certos desalentos
que não me amedrontem,
que me façam olhar para o amanhã,
já que hoje também já se vai, inexorável,
e, eu,  aqui novamente, quieto e inexplicável.          By EC.

domingo, 6 de junho de 2021

 

Lâminas mortais.

 

A lâmina fina, cruel pequenina,
de um punhal, feriu de morte,
os que esperavam brilho na vida, um norte.
Uma direção, um caminho,
sem espinhos, sem maldição,
sem inveja e com perdão.
Ficaram ali parados, como que mortos,
em estranhas posições, tortos,
um vento frio do norte,
selou-lhes a sorte, cruelmente,
definitivamente.                          By EC.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

 

Eles.

 

Não bastassem os problemas
que ela carregava
ainda levaram-lhe outros,
que nem eram dela.
Levaram-lhe junto o medo,
levaram-lhe cedo, no raiar do dia,
sem poesia, com batidas ocas,
nas portas inequívocas.
Não abra a porta,
pode haver alguém;
pode, também,  não haver ninguém.
Eles são o que são, e
quem se importa?
Eles são alguém.
Eles são ninguém.
Eles são os que têm, e,
os que não tem.
Eles são a terceira pessoa do plural.                By EC.

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