terça-feira, 1 de setembro de 2020

Este é um poema recente.
Eu gostei.
Espero que gostem também.


Sofre-se

Sofre-se sem motivo aparente
Impiedosa angústia, por intuição
Sofre-se por solidão, na multidão
Sofre-se pela imensidão do mundo,
Do chão, do céu então, incoerente
Dor pelo amor, inimaginável dor,
A dor de outro então, sofre-se
Em vão, na imaginação, e
Na desilusão de não ir
Olhar o mar, suas marés e invenções,
Seu sussurrar constante de ir e vir,
Por tudo que não se fez,
Pelo que se fez e não desfez, talvez...
Ausência e presença, premente e urgente,
Uma estranha dor comovente, a gente sente.
Na mente, estranhas dores inexistentes presentes.       By EC

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