quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

 

A moça e o poeta da moça.

 

O poeta escreveu para a moça,
poema simples, com sentimento e calor,
exaltava a beleza do amor,
acrescentou que o poema era dela.
Ela, feliz, guardou o poema,
imaginário, perfeito ideário,
entre seus belos seios,
ali, o ter, seria legitimo
lugar de seu íntimo.
Afinal era um poema de amar,
e, lá,  sempre poderia com ele estar.
O poeta quis entregar o poema ao mundo
Por que guardar algo tão fecundo?
A moça segurou o poema com força.
Disse-lhe não. Este poema é meu!
Foi você quem me deu ou esqueceu?
O poeta concordou,
e o poema feliz,
ficou onde sempre quis,
na imaginação, sem alvoroço,  
entre os seios bonitos da moça.       By EC

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

 

Minhas dores (VI)

 

Disse-me um sábio, na esquina:
“Existe um lugar afinal,
onde amores inacabados
chorarão seu triste final.”
Invadiu-me profunda tristeza,
se este lugar existir,
dúvida e incerteza!
Sei que não, disse eu ao sábio.
Pois o amor é um guerreiro,
percorre distancias impercorriveis,
diz coisas indizíveis, inexistiveis,
e torna palpáveis sonhos impossíveis.
Por mim, sei, o amor é imortal,
é assim como um punhal,
que fere seu coração de satisfação.
Invade suas entranhas,
percorre suas montanhas,
seus vales, seus caminhos,
E depois sorrindo, se deita,
olhando o azul do céu da noite
que ainda não existiu.
 
Dedicado às pessoas que acreditam, como eu, no amor.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

 

Um homem e seus sonhos.

 

Um homem desacreditado,
coitado, indignado e maltratado,
era enxotado, disfarçadamente,
por uma elite exigente,
que queria acreditasse,
nos valores vigentes.
Não acreditava.
Acreditava somente,
no seu desejo persistente.
Em que sonhava.
E, na luz da lua se deitava,
com a mulher amada,
a ela se aninhava, cantava,
baixinho, como se sozinho,
uma canção de pescadores,
que voltavam do mar,
sem regras e sem pudores.
Via-se de sua janela, sorrindo
em um coral de estrelas, luzindo.                     By EC

Dedicado aos homens( mulheres) que sonham.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

 Amor menino.

 

Se o coração bater forte,
não se importe,
é que o amor por sorte,
lhe visitou sem avisar.
Ele tem dessas coisas,
acha as pessoas,
despercebidas, distraídas,
e, quando feito sob medida,
não pesa, nem mede, querida.
Deita ao seu lado,
sem perceber, o sono que
você vai ter.
Mas, pela manhã
te abre um sorriso e,
raramente deixa aviso,
que já está no seu coração.
Se lágrimas virão,
também não se importe não,
é que o amor, este menino,
vive em desatino, e não pensa
com a razão.                                                       By EC
 
Poema dedicado a Léa, que com o coração menino, espalha amor todo dia

domingo, 20 de dezembro de 2020

 

A Pétala.

 

A pétala que era dela,
Não se desfez, apenas entristeceu,
Apesar da tempestade forte,
Que ocorreu...
Fiquei olhando da janela,
Meio me molhando feliz,
Com as gotas de chuva que fiz,
A chuva que não estava ali,
Haveria de estar em algum lugar.
Uma vez que ali, apenas eu,
Minha imaginação,
Com o café na mão,
Olhando feliz a rosa
Pela janela do portão.
 
“...coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho.
O resto é mar, e tudo que eu não sei contar...” ( Tom Jobim)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

 

Coisas que não entendo.

 

As coisas que não entendo,
Em vãs empresas, são boas;
e, assim as compreendo.
O ato de não entender,
às vezes traz, ou não,
calma a esta alma solitária.
Como se preso fosse
retido no meu ser profundo,
que insiste em querer,
abrir portas e se ver.
Talvez nas marcas do rosto.
Talvez no amargo desgosto.
A porta aberta, escancarada,
nesta longa jornada,
em detrimento do entendimento,
nenhum discernimento.
Desejos e paixões.
Desalento.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

 

Amor

E, eu, que só queria,
o suspirar de uma voz macia,
uma mão que acaricia,
na forma da poesia.
E, eu,  que só queria,
o canto amigo,
que trouxesse o abrigo,
que persigo.
E, eu,   que fiquei olhando,
sem entender, o entardecer,
o céu escurecer, e
nenhuma estrela aparecer.
Desalentado, a ponto de esquecer,
sem esperar, nem querer,
veio o amor, suave, doce,
terno, e sem aviso,
entrou pela porta sem bater.

Dedicado a um amor distante que um dia estará presente.

domingo, 13 de dezembro de 2020

 

Reflexões

Como uma pequena alegria,
semelhante à uma xicara de café,
separei-me da manhã,
com uma palavra usual;
a palavra  racional.
Veio assim do nada, ou
melhor, de uma conversa musical,
momento que não me pareceu funcional,
arriscaria até mesmo normal.
Depois de muita imaginação, percebi que
a palavra me agrada, e é bem-vinda,
palavra misteriosa, as vezes própria,
em seus meios de compreensão infinitos.
entretanto para a questão.
resolvi que não.                                         By EC

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Esperanças


Uma manhã de sol,
linda se abria,
na minha janela,
que antes não existia.
Estranho; pois o sol
também não havia
brincava com o dia e
desaparecia.
Nesta manhã de sol
que antes não existia
eu não entendia
a razão de querer  
tanto uma  poesia.                   By EC

 

Dedicado à todos que gostam de pensar.

 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Mar

Mar, 
nas linhas, que o poeta escreveu
como uma carta antiga,
que talvez eu seja e siga,
sozinha, triste e amiga.
 - Mar, eu preciso te ver,
conversar com você.
-Sei, sei, respostas não vou ter.
Não importa.
Minha alma entre as últimas estrelas
canta de alegria,
quando, ao alvorecer, ela te visita,
ou pensas que não eu sei?
Sim, sei!
pela areia que fica no chinelo
da praia que não pisei,
nesta  manhã quando acordei.
Sinceramente, eu; você sabe quem. 
que sorri quando te vê,
e, que outro sorriso me traz,
e, este outro sorriso
me leva até você, e satisfaz. 
Mar:
-Onde esta estrada vai dar?
Há tempos trago um cansaço
que não quero mais carregar.
Como sei que és grandioso e nobre
deixarei este cansaço pobre
em uma rocha, para você levar.
E, então, voltarei a caminhar.                                             By EC

O Mar que eu preciso ver.



domingo, 6 de dezembro de 2020

 

Desejos.

 

Se algo perdi
Esqueci...
Se algo ganhei.
Perdi.
Não sei!
Sei que o que perdi,
ganhei.
Era suave e sonhei
E esqueci do sonho
Mas, acordei...
Risonho
E, finalmente, amei.                                      By EC

São pequenos os desejos, diante  da imensidão do mundo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

 

Coisas sem explicação.

 

Uma amiga de coração,
me “escreveu” em solidão,
uma tristeza imensa,
nas entrelinhas, intensa.
Fala em perdão,
fiquei sem palavras a dizer,
o que fazer, como explicar,
coisas sem explicação,
que não necessitam perdão?
Nasce do respeito a admiração, e
Já no coração amada,
Faz de lá sua morada.                                        By EC

Essas coisas do sentimento.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

 

Almas Antigas (I)

 

Amor entre os amores,
divino, indolor,
seus gestos exímios,
provocam grande fascínio.
Misteriosas almas antigas,
de incontáveis anos,
cantadas em doces cantigas,
são lendas de oceanos.
Almas milenares,
que se aparentam  vulneráveis,
são fortes, justas, inquebrantáveis.
Seus sorrisos iluminam
os caminhos, para aqueles
que precisam de ninhos.
São doces e poderosos,
firmes e generosos,
destinados a amar,
compreender, e,
às vezes sofrer,
o que tiver de vir a ser.                                   By EC

Republicado após revisão.

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