quarta-feira, 29 de setembro de 2021

 

Temperamentais.

 

Havia sim um certo perigo,
naquela perniciosa região,
por isto tomei esta decisão,
peguei o poema caído,
e lhe dediquei atenção.
O poema mal-agradecido
ficou claramente sentido,
achou, não sei o porquê,
que não lhe dei abrigo,
mesmo tendo-lhe recolhido.
Ah, esses poemas temperamentais!    By EC.

sábado, 25 de setembro de 2021

Meu  novo projeto é denominado inflexões, ou seja, uma mudança de direção.

Este poema faz parte dele.

Crisálida.

 

Este poeta que habita em mim
de fato não sou eu,
este último parece-me que morreu,
enquanto o outro misteriosamente viveu.
Eles vivem uma espécie de
divisão de um corpo morto, absorto
pelo poeta meio vivo, meio morto,
que de certa forma lhe dá energia,
e o outro alegria, fantasia e poesia.
O eu que habita o poeta,
este, meu amigo, tem traços exóticos,
advindos certamente de psicotrópicos.
Não sei bem dizer, está lá talvez,
impaciente, esperando a sua vez,
na fila da transmutação crisálida da beleza
para enfim tornar-se uma estrela.    By EC.


domingo, 19 de setembro de 2021

 

O Circo.

 

O circo, que beleza,
quanta alegria e gentileza,
quantas cores, pessoas
meninos e meninas e seus pais.
A entrada pela tenda,
quanta luz e incontáveis cordas,
o palco iluminado,
a música esplendorosa.
Os artistas, lindo, teatral.
a trapezista em seu traje,
desperta um certo alarde,
em um salto triplo magistral.
Os palhaços, brincadeira,
quanta besteira, quanta asneira,
quanto riso e gargalhada,
em uma pirueta desastrada.
Os animais, o rufar dos tambores,
os anéis de fogo,
o medo nos corações,
são corajosos e lindos os leões.
A luz vai diminuindo,
anuncia-se o final, as pessoas indo,
meu coração explode de alegria,
na emoção de uma lágrima que foge, nostalgia.  By EC.

sábado, 4 de setembro de 2021

 

Faltava-lhe paixão.

 

Faltava-lhe a paixão,
e, a razão de quem não a tem,
que contente encanta a mente
com pequenas coisas do dia.
Uma tristeza, duas alegrias,
o cão que não latia, sorria,
a flor que não nascia, explodia,
em uma crescente alegoria.
Não se importava mais se a si confundia,
hoje, em uma mistura bem dosada
não se define em nada.                          By EC.

 

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