segunda-feira, 7 de setembro de 2020

 

Lesbos
 
Uma ilha na Grécia, onde vivia Safo, poetisa...
Com seus poemas declamados ao som da lira;
Desconsiderando da história manipulada, a ira;
 
Safo amava mulheres, como amigas e amantes,
Em ambiente de magia, talvez, à semelhança de Bacante
Sacerdotisa relevante, na mitologia.
 
Mulher, sacerdotisa de Baco, depravada
Talvez só quisesse ser amada em bacanais de vinhos, exageros e alegria
Exalando e fluindo exuberantes fantasias.
 
Mas, o tempo passa, e, surge o homem....
Esta criatura maldosa e irrelevante, que aos seus interesses
Altera os verdadeiros significados, destes atos e feitos passados;
 
Ironicamente cria, cruelmente penalidades,
Aplicadas às mulheres por horrendos carrascos
Assistidas por multidões enfurecidos a esconder seus fiascos;
 
São homens, com veneno, como nós, tão inseguros...
Que não aceitam ancestrais práticas medicinais e religiosas
De seres antigos certamente mais puros.
 
Assim, pesa a maldição, como terrível lição,
Da insegurança humana, que da mulher quer escrava
De horror e brutalidade, ao seu prazer;
Não importando o conteúdo divino do ser.           By EC
 
Dedicado à uma amiga.

2 comentários:

  1. Belíssimo poema, Chiarini! Valeu muito a pena chegar até aqui!
    Um dia, quem sabe, reverteremos este quadro...irmãmente amaremos humanamente!
    Um abraço, precioso poeta!

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  2. Ah querida Nice, primeiro obrigado pela visita e pelo comentário.
    Quanto ao tema, penso que nestes tempos odiosos não temos muita chance, mas a esperança é que nos move.
    Abraços e obrigado

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