Blog de Poesia e Contos, Escolhidos e Esquecidos ao longo da vida. Autoria Eduardo Chiarini
domingo, 27 de setembro de 2020
O poema
definitivo.
O poema
definitivo
Era profano
e divino,
Era menino e
menina,
Sentados
juntos na esquina.
O poema
raro, seduz,
Era caro,
carregava emoção
De uma
solidão indescritível
De ter
perdido a luz.
Ao mesmo
tempo
Que chorava
olhando o mar,
Lágrimas
doloridas de amar
Sorria
porque podia cantar.
E, assim,
cantando, foi-se
Embora
chorando,
Navegando em
uma
Estrela do
mar. By EC
Poema em homenagem à Leticia.
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Desilusão.
“A dança da
solidão”,
Me inspira a
(des) crever
Poema já há muito
escrito,
Várias vezes
repetido.
Objeto da
procura do sentido.
Teria sido dito,
não se tem certeza,
Destreza, de
quem possui a esperteza,
De distinguir
entre o certo e a certeza.
Contam,
ainda sem fonte confiável,
Segredos passados
em vozes baixas,
Nas alcovas,
em armadilhas bem armadas,
Entretanto desleixáveis,
insofismáveis.
Contam,
finalmente, em auditorias confiáveis
Que ao
consultarem sábios bem remunerados,
Prudentemente
ficaram calados. By EC
Dança da solidão - Paulinho da Viola.
sábado, 19 de setembro de 2020
Incompleto.
Sinto-me
plenamente incompleto.
Decerto
algum efeito desta droga,
Que a mim
mesmo interroga.
Sinto-me
completamente vazio,
Com frio em
pleno estio
Por certo,
algum efeito desta droga,
Que a mim
mesmo sub-roga.
Até que voar
é bom,
Não sei ao
certo pois ainda não fui
Está quase
na minha vez,
Tem uma enorme
fila e um jovem cortes,
Explicou-me
os elementos básicos,
Necessários para
tal.
Ensimesmado,
pensei:
Será efeito
desta droga?
Que só se
prorroga. By EC
domingo, 13 de setembro de 2020
No caminho
da Imensidão.
Talvez,
apenas, não sei
Eu volte
aqui...
No caminho
da imensidão me perdi,
Ou
simplesmente esqueci.
Não sei
direito,
Parece perfeito,
Até o ponto
em que interioriza,
o exterior.
Enquanto uns
fazem apologia,
Outros ideologia,
fria...
canções de
melancolia,
no encerramento
do dia.
Eu, não
estou mais aqui.
Parti. By EC
sábado, 12 de setembro de 2020
A mulher de couro preto. (trechos)
A mulher de couro preto
na praça
verde
no banco
preto.
Estava
deitada no banco preto.
Chegou uma
mulher loira,
Também de
couro preto,
Olhou a
mulher, pegou sua bolsa,
Levantou a
mulher,
Fez-se uma
pequena multidão,
Todos
olhavam,
colocou a
bolsa,
sob a cabeça
da mulher,
como um
travesseiro.
Trocaram
palavras que,
Não pude
ouvir.
A mulher
loira foi embora,
Com sua
sacola.
Parecia
dormir,
Em frente à
Igreja,
Na praça
verde,
no centro da
cidade. By EC
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Menos e mais (trecho)
Menos carros
Menos barulho,
Menos motocicletas,
Menos edifícios, ´
É difícil!
Imobiliária especulação
Poder, poder, solidão.
Mais vinho,
Mais carinho,
Vastos sorrisos nos rostos
Mais casas,
Mais crianças
Mais simples,
A emoção.
Mais caminhos floridos,
Menos pés doloridos
Menos olhos turvos, feridos
Mais indignação
Mais dignidade
Compreensão. By EC
Trecho de um poema muito grande...
Mas, queria postar aqui para os amigos....
Vai aos pedacinhos para não cansar.
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
De onde vem?
De onde vem
esta multidão
Que marcha
em direção
A um
precipício?
À procura de
um novo início.
Como muitas
antes dessas.
Marcham na
minha imaginação.
Saudosa,
ferida, amada, em vão.
Em um
círculo viciosos?
Outro dentro
de um houvesse, que não houvesse, outro que quisesse
Entristece,
julguei-as mortas.
Mas não,
estavam comportas,
Afinal não
faz mal, ser
Estado
natural de não ser.
O precipício
são meus olhos,
A multidão
são lagrimas
Que não
chorei, as que deixei
Abandonadas
nas calçadas
Em
desalinho, em garrafas vazias,
De vinho. By EC
terça-feira, 8 de setembro de 2020
Ela está na cidade de novo.
Ela está na
cidade, novamente
Sorrindo de longe observo
Sua filha e ela andando
Um andar calmo, suave, sem rumo
Deliberadamente.
Penso em me
mover, não consigo,
Uma sensação desagradável....
Depois de tanto tempo, talvez uma conversa amável?
Ela é forte e tentou a vida, com dúvidas e sem medo,
Certamente.
Fico sorrindo imaginando,
Um carro de milho...
A avó e a
cidade, crescendo, um lugar que não conheço.
Em um piscar de olhos,
Desaparecem as duas sob o luar
De alguma forma sinto-me vazio, mas pleno,
Eu gostaria de ir até lá.... By EC
Sorrindo de longe observo
Sua filha e ela andando
Um andar calmo, suave, sem rumo
Deliberadamente.
Uma sensação desagradável....
Depois de tanto tempo, talvez uma conversa amável?
Ela é forte e tentou a vida, com dúvidas e sem medo,
Certamente.
Fico sorrindo imaginando,
Um carro de milho...
Em um piscar de olhos,
Desaparecem as duas sob o luar
De alguma forma sinto-me vazio, mas pleno,
Eu gostaria de ir até lá.... By EC
Este poema é uma continuação do Poema Heloísa, que na verdade é um tema com diversos poemas.
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
Lesbos
Uma ilha na
Grécia, onde vivia Safo, poetisa...
Com seus poemas declamados ao som da lira;
Desconsiderando da história manipulada, a ira;
Safo amava
mulheres, como amigas e amantes,
Em ambiente de magia, talvez, à semelhança de Bacante
Sacerdotisa relevante, na mitologia.
Mulher, sacerdotisa
de Baco, depravada
Talvez só quisesse ser amada em bacanais de vinhos, exageros e alegria
Exalando e fluindo exuberantes fantasias.
Mas, o tempo
passa, e, surge o homem....
Esta criatura maldosa e irrelevante, que aos seus interesses
Altera os verdadeiros significados, destes atos e feitos passados;
Ironicamente
cria, cruelmente penalidades,
Aplicadas às mulheres por horrendos carrascos
Assistidas por multidões enfurecidos a esconder seus fiascos;
São homens,
com veneno, como nós, tão inseguros...
Que não aceitam ancestrais práticas medicinais e religiosas
De seres antigos certamente mais puros.
Assim, pesa
a maldição, como terrível lição,
Da insegurança humana, que da mulher quer escrava
De horror e brutalidade, ao seu prazer;
Não importando o conteúdo divino do ser. By EC
Dedicado à
uma amiga.
Com seus poemas declamados ao som da lira;
Desconsiderando da história manipulada, a ira;
Em ambiente de magia, talvez, à semelhança de Bacante
Sacerdotisa relevante, na mitologia.
Talvez só quisesse ser amada em bacanais de vinhos, exageros e alegria
Exalando e fluindo exuberantes fantasias.
Esta criatura maldosa e irrelevante, que aos seus interesses
Altera os verdadeiros significados, destes atos e feitos passados;
Aplicadas às mulheres por horrendos carrascos
Assistidas por multidões enfurecidos a esconder seus fiascos;
Que não aceitam ancestrais práticas medicinais e religiosas
De seres antigos certamente mais puros.
Da insegurança humana, que da mulher quer escrava
De horror e brutalidade, ao seu prazer;
Não importando o conteúdo divino do ser. By EC
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
Poeta Incógnito e enigmático.
Era dia e a
poesia...
Não me
lembro qual,
Nada tinha
de igual.
Entretanto,
À minha
semelhança,
Era plena de
esperança....
Uma amiga me
comoveu com palavras
É que me emociono
demais;
No mais
profundo do meu ser,
Entendo que
isto não mudará jamais...
Entretanto,
um adjetivo!
Naquele
momento temporal guardou
Em um pedaço
de mim,
Neste senhor
de enganosa razão,
Que guarda
do entendimento, a verdade;
Emoção....
No meu sentimento
de enigmático poeta incógnito, então...
Como em
Kafka, em um insólito inquérito
Atônito! Até
então sem entender o mérito;
E conflito,
aflito, à procura da razão... By EC
Este poema foi dedicado a uma amiga do
twitter Miroca. Gosto muito dela.
Este poema foi dedicado a uma amiga do
twitter Miroca. Gosto muito dela.
quinta-feira, 3 de setembro de 2020
O amor inexistente.
Um grito
ficou no ar
Parado,
gelado
O peito
apertado, angustiado
Vendo-a
levantar e partir somente
Ela não
disse nada.
Comecei a
sorrir, mas...
Não era um
sorriso sincero
Um sorriso
maldoso, horroroso,
De um amor
inexistente.
Era assim,
talvez
Que
desejasse minha alma tresloucada
Como
escrever em um verso apenas
Uma vida
revirada e revelada.
Afinal, o
que há de tão ameaçador
No amor? By EC
terça-feira, 1 de setembro de 2020
Este é um poema recente.
Eu gostei.
Espero que gostem também.
Eu gostei.
Espero que gostem também.
Sofre-se
Sofre-se sem
motivo aparente
Impiedosa
angústia, por intuição
Sofre-se por
solidão, na multidão
Sofre-se
pela imensidão do mundo,
Do chão, do
céu então, incoerente
Dor pelo
amor, inimaginável dor,
A dor de
outro então, sofre-se
Em vão, na
imaginação, e
Na desilusão
de não ir
Olhar o mar,
suas marés e invenções,
Seu
sussurrar constante de ir e vir,
Por tudo que
não se fez,
Pelo que se
fez e não desfez, talvez...
Ausência e
presença, premente e urgente,
Uma estranha
dor comovente, a gente sente.
Na mente,
estranhas dores inexistentes presentes. By EC
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