Tarde
Quieta.
Tarde
quieta...
Pássaros a
cantar,
Cantigas
diferentes de encantar.
De quando em
vez, discreta,
A moça
observa da janela irrequieta.
Espera.
Um violino
concerta,
Ao longe,
canção de ninar,
Em meio a
escalas e sonatas.
Também de
outra janela, espreita
Respeita, Enfeita.
Um sorriso
doce, gentil.
O violinista
em mi bemol menor,
Difícil de
dar dó, toca uma serenata,
A moça
retribui o sorriso,
E uma voz
canta, sem ser vista.
É a cantiga
do violinista?
Pássaros já
vão, algazarra
Confusão.
Ao passar
diante da janela
Calam-se em
uníssono, solícito
Em singela
homenagem,
Á moça da
janela,
Ao
violinista em tela,
Até, creio,
à este aprendiz
Que só de
longe observa,
Em tentativa
que impera
Ao sol
tardio, enquanto a noite espera. By EC
Quanto em nós ha de moça na janela, né mesmo meu amigo poeta rsrs a suavidade melódica da beleza das desejosas paragens...as vezes me perco no sonoro silêncio do "ah meu amor " de Pablo Neruda, parece que resume toda a observância poetica do o nosso "olhar na janela" . Lindo, lindo!! 👏👏👏👏😘❤
ResponderExcluirQuerida Cléo. Fico feliz e honrado com sua visita e seu comentário.
ResponderExcluirSim, concordo, todos somos "moças nas janelas", na vida, às vezes, no amor, nas essências.
Gostei muito.
Abraços afetuosos