terça-feira, 10 de novembro de 2020

 

Tarde Quieta.

 

Tarde quieta...
Pássaros a cantar,
Cantigas diferentes de encantar.
De quando em vez, discreta,
A moça observa da janela irrequieta.
Espera.
Um violino concerta,
Ao longe, canção de ninar,
Em meio a escalas e sonatas.
Também de outra janela, espreita
Respeita, Enfeita.
Um sorriso doce, gentil.
O violinista em mi bemol menor,
Difícil de dar dó, toca uma serenata,
A moça retribui o sorriso,
E uma voz canta, sem ser vista.
É a cantiga do violinista?
Pássaros já vão, algazarra
Confusão.
Ao passar diante da janela
Calam-se em uníssono, solícito
Em singela homenagem,
Á moça da janela,
Ao violinista em tela,
Até, creio, à este aprendiz
Que só de longe observa,
Em tentativa que impera
Ao sol tardio, enquanto a noite espera.         By EC

2 comentários:

  1. Quanto em nós ha de moça na janela, né mesmo meu amigo poeta rsrs a suavidade melódica da beleza das desejosas paragens...as vezes me perco no sonoro silêncio do "ah meu amor " de Pablo Neruda, parece que resume toda a observância poetica do o nosso "olhar na janela" . Lindo, lindo!! 👏👏👏👏😘❤

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  2. Querida Cléo. Fico feliz e honrado com sua visita e seu comentário.
    Sim, concordo, todos somos "moças nas janelas", na vida, às vezes, no amor, nas essências.
    Gostei muito.
    Abraços afetuosos

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