sábado, 28 de novembro de 2020

 

Outras Dores (III)

 

Às vezes, carrego desapercebido
Coisas que não são minhas
Pedaços do vento, cheiros do mar,
Os pés na areia, um bailar
Narrativas de um jovem,
Uma moça a namorar,
Janelas coloridas, flores, vasos,
Guardo-as para mim, comigo.
Na esperança de que um dia
Terei a quem dá-las enfim.                            By EC

2 comentários:

  1. Caríssimo, poeta
    Quando li esta parte do seu poema, lembrei-me de um mestre, na faculdade, dizendo que um bom poema é feito de verbos e substantivos; os adjetivos fariam parte da linguagem figurada.
    Você substantivou até o verbo bailar.
    Usou apenas 1 adjetivo para personificar as janelas.
    Estilisticamente perfeito 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

    Um abraço, Edu

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  2. Querida Raquel, obrigado pelo comentário, sempre incentivando-me a escrever mais e melhor.
    Obrigado pelo carinho, que nos meio do fio da meada da literatura, encontrou ternura.
    Beijos no coração.

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