segunda-feira, 22 de novembro de 2021

 

Memórias da Juventude.

(Na minha rua – criança ainda I)

Eu criança, brincava na enxurrada,
jogava bola e, moleque, pulava os muros,
das sérias senhoras que no inverno dançavam quadrilha
na chuva, barquinhos de papel e armadilhas.


Se riam pelos rios de minha imaginação,
e criança na cidade da rua de pedra,
espera quase deserta já que os amigos são certos,
coisas de saudade e pega-pega inventados e espertos.


Já mais tarde, à noitinha, na esquina,
conversas de meninos e meninas,
a mãe chamava: — já para casa, seu pai vai chegar!
como se lá devesse sempre estar para jantar.


E bem tarde, o céu deslumbrava o olhar,
muitas estrelas a contar, sonhos a sonhar,
dormia acordado, ouvindo sonhando,
o cantar dos pássaros noturnos se amando.   By EC.

4 comentários:

  1. Que bosa lembranças, nos faz voltar as memórias de tempos que não voltam mais... Parabéns amigo poeta, brilhante!!!

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    1. Poeta Marcos, que prazer pela visita e comentário.
      Se gostou, estou preparando uma série contando as boas memorias e as ruins também da juventude.
      Abraços e obrigado.

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  2. Noitinha de boas brincadeiras e o chamado da mãe para jantar. Delicia lembrar! Emoção e saudade, tudo junto rindo dos dias doces!
    Lindo demais! Só aplausos!!

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    1. Obrigado querida Léa, pela visita, pelo carinho e pela emoção de sentir o poema.
      Beijos no coração.

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