Blog de Poesia e Contos, Escolhidos e Esquecidos ao longo da vida.
Autoria Eduardo Chiarini
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quinta-feira, 8 de outubro de 2020
Irmão
Às vezes, me
dá uma vontade
enorme de falar com meu
irmão. Como quando
éramos crianças, e entre outras
aventuranças, brincávamos
em cima dos muros e nas lajes
das casas. Belas lembranças! Na rua,
consideravam-nos terríveis entre
brincadeiras maldosamente boas sentados no
meio-fio éramos
imbatíveis. Não tínhamos
medo de nada como se a
vida fosse feita para, entre
uma e outra travessura, crianças em
suave ternura. Autoridades
policiais, futebol, pega-pega, outras
brincadeiras entre os treze e
qualquer idade, o que importa? Éramos
imortais! Um dia, sem
maiores avisos veio a vida
como um rolo compressor havíamos
crescido, enfim estudamos,
trabalhamos, casamos, separamos, coisas
assim. O mais
dolorido, de nos ver todo dia, o dia todo. não era mais
assim. Mas nunca
perdemos a incrível beleza de brincar com
a vida, nadar, até mesmo amar, namoradas,
bebedeiras, brigas, política, férias passávamos
juntos como irmãos devem passar. E hoje,
quero falar com ele. Mas ele
morreu. - Mas como
assim, morreu? -Nós não
morremos! E ai, rola
uma, duas, um monte de lágrimas
de meus olhos esta saudade
de tudo perdi uma
parte de mim que nunca
tive. Vai meu
irmão, milita, defende o seu PT, briga, zomba
da polícia, ai no céu. Eu, por
enquanto, estou aqui, meio triste,
meio perdido, te procurando, sem saber exatamente
o que fazer e onde
encontrar você. By EC Homenagem ao
meu irmão Fernando, falecido em agosto de 2018.
Ah querida Mara. Obrigado pela visita e pelo comentário. Demorei 2 anos e pouco para lê-lo, depois de escrito. A emoção da perda, não é? Abraços e ótimo fim de semana.
É mais ou menos como o poema que postei hoje. Vocês dois teciam tapetes. “ Colecionava cordões de nuvens E as enrolava feito novelos de lã Não sei o que pretendia Se era tecer um tapete Mais leve que o ar Ou uma simples mania. Faltavam algumas para a conclusão E foi buscá-las no bafo de um vulcão.”
Ah Poeta Edu,lamentar a dor da perda e conseguir transformá-la em Poema,um poema triste, é certo, porém, tão bonito quanto a vida, tem que ser um Mestre, um POETA, porque não deve ser fácil chorar em forma de poesia.
Emocionante sua narrativa em versos arrancados à fórceps do seu ser. É lírico como as lágrimas da sua saudade; É épico, porque atravessou fases desde a infância às conquistas adultas; É poético no uso da linguagem "...entre os 13 e qualquer idade,..."; revelando a grande metáfora da vida: ser feliz como criança.
Perdi meu irmão há 3 meses e sinto em mim a sua dor. Que Deus nos dê forças!
Ah querida e preciosa amiga Raquel. É tão dificil,não é? Este custou a sair. Não conseguia sequer lê-lo. Muito obrigado pelo carinho que sempre tens comigo, obrigado pela visita, pelos comentários, sempre instrutivos. Compartilhamos uma dor que nunca terá fim. Abraços minha querida amiga.
Como lidar com perdas? Quando te leio, Edu, imagino três; o poeta na plateia, o terapeuta e o paciente no divã. E eles se movimentam nas linhas extraídas das entrelinhas...são três à confessarem, analisarem e julgarem, para por fim, concordarem com a necessidade de poetizar. Então, a resposta a pergunta. Como lidar...de tudo que elaboramos, nossas ações e reações partem do que necessitamos. Eu mesma, não sei lidar com a morte,fui criada pelos meus avós, quando perdi minha avó materna, já adulta e casada, me agarrei ao corpo e foi preciso o padre ter habilidade para me tirar de lá...enfim, nossas dores da alma. De alma para alma, um abraço de urso, meu querido amigo poeta ❤
Ao ler esse poema, as lembranças surgiram com intensidade e lagrimas. Lembranças de um passado antigo e um outro passado nem tão antigo assim. Obrigada, Eduardo.
Boa noite, querido Poeta!!
ResponderExcluirLindo e emocionante o seu poema!!
Parabéns!! 🌹
Mara Lúcia Didonet
Ah querida Mara. Obrigado pela visita e pelo comentário. Demorei 2 anos e pouco para lê-lo, depois de escrito. A emoção da perda, não é?
ExcluirAbraços e ótimo fim de semana.
É mais ou menos como o poema que postei hoje. Vocês dois teciam tapetes.
ResponderExcluir“ Colecionava cordões de nuvens
E as enrolava feito novelos de lã
Não sei o que pretendia
Se era tecer um tapete
Mais leve que o ar
Ou uma simples mania.
Faltavam algumas para a conclusão
E foi buscá-las no bafo de um vulcão.”
Perfeito Tião.
ExcluirMais que um irmão um grande amigo.
Obrigado.
Abraços e um ótimo fim de semana.
Ah Poeta Edu,lamentar a dor da perda e conseguir transformá-la em Poema,um poema triste, é certo, porém, tão bonito quanto a vida, tem que ser um Mestre, um POETA, porque não deve ser fácil chorar em forma de poesia.
ResponderExcluirObrigado querida amiga Lenira.
ExcluirPelo carinho pelo comentário emocionante e pela visita.
Abraços afetuosos.
Emocionante sua narrativa em versos arrancados à fórceps do seu ser.
ResponderExcluirÉ lírico como as lágrimas da sua saudade;
É épico, porque atravessou fases desde a infância às conquistas adultas;
É poético no uso da linguagem "...entre os 13 e qualquer idade,..."; revelando a grande metáfora da vida: ser feliz como criança.
Perdi meu irmão há 3 meses e sinto em mim a sua dor. Que Deus nos dê forças!
Parabéns, caríssimo poeta Edu 👏🏻👏🏻👏🏻
Lindo poema
Ah querida e preciosa amiga Raquel.
ResponderExcluirÉ tão dificil,não é?
Este custou a sair. Não conseguia sequer lê-lo.
Muito obrigado pelo carinho que sempre tens comigo, obrigado pela visita, pelos comentários, sempre instrutivos. Compartilhamos uma dor que nunca terá fim.
Abraços minha querida amiga.
Emocionante o seu poema! Me fez lembrar uma parte muito dorida em mim! Abençoada seja nossa vida!🌻💙
ResponderExcluirComo lidar com perdas?
ResponderExcluirQuando te leio, Edu, imagino três; o poeta na plateia, o terapeuta e o paciente no divã. E eles se movimentam nas linhas extraídas das entrelinhas...são três à confessarem, analisarem e julgarem, para por fim, concordarem com a necessidade de poetizar.
Então, a resposta a pergunta. Como lidar...de tudo que elaboramos, nossas ações e reações partem do que necessitamos.
Eu mesma, não sei lidar com a morte,fui criada pelos meus avós, quando perdi minha avó materna, já adulta e casada, me agarrei ao corpo e foi preciso o padre ter habilidade para me tirar de lá...enfim, nossas dores da alma.
De alma para alma, um abraço de urso, meu querido amigo poeta ❤
Ah Cléo.... que lindo....
ResponderExcluirDe alma para alma....
Adorei seu comentário e fico honrado pela visita.
Abraços afetuosos.
Ao ler esse poema, as lembranças surgiram com intensidade e lagrimas.
ResponderExcluirLembranças de um passado antigo e um outro passado nem tão antigo assim.
Obrigada, Eduardo.